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I - Desenvolvimento de capital humano

II - Como turbinar sua carreira

 

I - Desenvolvimento de capital humano

 

Peter Ferdinand Drucker, austríaco de Viena, pai da administração moderna, cunhou a máxima em relação ao receio que alguns empresários tinham em investir no treinamento e desenvolvimento dos seus colaboradores; disse ele: “Pior que treinar seus empregados e perdê-los para o mercado é não treiná-los e mantê-los em sua empresa”.

 

Lá se vão mais de 12 anos de sua morte, em 11 de novembro de 2005, aos 95 anos de idade, em Claremont, Califórnia, Estados Unidos, e essa máxima ainda vale para muitos empresários nos dias de hoje.

 

É natural que a crise, fragmentação dos mercados, incertezas com a política e a economia, entre outras variáveis que assolam o cenário nacional, inibam potencialmente a motivação das empresas para os investimentos de recursos no desenvolvimento dos seus colaboradores, sem saber com o que irão se deparar no dia de amanhã, com uma exceção aqui e outra ali, naturalmente.

 

Se por um lado as empresas esperam hoje –mais que antes- que os seus colaboradores tenham a iniciativa de investir no seu autodesenvolvimento, por conta das facilidades que a tecnologia permite, colocando tudo o que se precisa na ponta dos dedos, por outro lado, o volume exponencial, complexo e diversificado, sem nenhum controle de qualidade ou veracidade, acaba por deixar o colaborador vulnerável a aprender aquilo que pouco ou nada agrega ao seu desempenho, e principalmente às necessidades da empresa, podendo, inclusive, agregar exatamente aquilo que não deveria.  

  

Se no mundo veloz e vertiginoso de hoje não existe mais, no âmbito do conhecimento humano produzido, perguntas sem respostas, existem muitas “respostas” que não são de interesse das organizações. Nesse sentido, é de competência e responsabilidade do pessoal de recursos humanos a pesquisa incessante e a orientação continuada, tanto aos líderes quanto aos liderados, para que eles não se percam nos oceanos sem fim da internet –que serve para o bem e para o mal-, visando que não desperdicem a preciosidade do seu tempo buscando aquilo que pode levar a lugar nenhum, ou mesmo a lugares inadequados, no que diz respeito às suas necessidades de desenvolvimento, para o seu elevado desempenho e, principalmente, para os resultados desejados às boas práticas e à competitividade de suas organizações.

 

Não é sempre que um vídeo grátis no youtube ou um texto publicado por alguém –sabe-se lá quem, vai suprir uma necessidade específica de desenvolvimento de um colaborador.

 

Que o legado de Drucker (entre tantos outros mestres), em seus 39 livros, artigos, vídeos e palestras (que tive a honra de assistir pessoalmente em 1997 como membro da ASTD), possa servir de constante inspiração para todas as gerações de executivos e empresários –principalmente as novas– para que eles entendam e internalizem que é necessário ouvir os seus profissionais de RH, quando eles insistem nos investimentos, de maneira sistêmica, para o desenvolvimento do capital humanos. Eles estão simplesmente exercendo o seu papel e cuidando da competitividade de suas empresas.

JAN//2018

 

 

 

 

II - Como turbinar sua carreira

 

Já se vai longe o tempo em que um diploma de bacharel na mão garantia praticamente toda a vida profissional ativa de uma pessoa. De uma maneira geral, o diploma hoje mal dá para você conseguir um emprego na sua área de formação.

 

Com a tecnologia, que nos trouxe a era da informação, passamos rapidamente para a era do conhecimento e já estamos, muita gente sabe, na era do “sei lá, não sei não”, que resume melhor esse começo de terceiro milênio, onde só o conhecimento não é mais suficiente para que um profissional possa sobreviver nesse oceano exponencial de “náufragos desempregados”.

 

Relacionamentos, competências comportamentais, técnicas e políticas também devem abarrotar o seu alforje profissional.

 

A era do conhecimento e do conceito nos trazem, cada vez mais, por conta da tecnologia, cada vez mais acessível a praticamente todas as camadas sociais, volume, velocidade e complexidade, que fazem de todos, paradoxalmente, profissionais cada vez mais desinformados, pois não conseguimos acompanhar, depurar e apreender todo o conhecimento que nos é disponibilizado, diariamente.

 

Assim, como turbinar você para uma carreira de realizações? É simples: Você não pode mais ser um generalista, pois um generalista é alguém que sabe um pouco de tudo, ou seja, nada. Você também não pode mais ser um especialista, pois saber tudo de algo é uma armadilha, já que nunca mais isso vai ser possível, como pensávamos que era, antigamente. Você tem que ser um multiespecialista, dominando quase tudo de 3 ou 4 competências inter-relacionadas, agregando diariamente novos conhecimentos aos seus conhecimentos, que envelhecem muito rapidamente. Você poderá descansar, mas não muito, senão o seu concorrente ficará melhor preparado para te engolir e fazer você virar pó. “Inove ou você vai desaparecer”, já diz um velho ditado.

 

Temos que trabalhar com prazer, com dedicação obstinada e quase obsessiva, diariamente, buscando sempre os melhores resultados e as melhores práticas para tudo o que fizermos.  Não podemos mais parar de aprender. Somente com muita garra, determinação, comprometimento, entusiasmo, vibração positiva e resultados efetivos você poderá fazer a diferença, e vir a alcançar os melhores cargos (cada vez mais raros) para sua carreira, lembrando sempre que, mesmo estando lá, no topo, você poderá cair, a qualquer momento, por uma simples distração, uma pescada de olho mais demorada, um esquecimento; pela simples falta de um pingo no ‘i’.

 

Aprimore também os seus relacionamentos. Cultive continuamente amigos e colegas de verdade. Nessa caminhada pelo mundo corporativo, além da sua determinação, comprometimento, obstinação prazerosa, conhecimento, habilidades e atitudes, que formarão as suas competências, são os relacionamentos que poderão abrir as poucas portas disponíveis.

 

As oportunidades vêm e vão; mais vão do que vêm. Então, esteja sempre pronto, com o alforje certo, para não perder os foguetes supersônicos (claro que não é mais o trem que passa) que passarão pela sua vida profissional.

 

Durma pouco, estude muito, trabalhe pacas, aprenda sempre e arrume um tempinho para fazer o bem, pois ninguém é de ferro e muita gente precisa da gente. Boa sorte!

FEV/2018